A geração distribuída de energia é uma tecnologia que tem se popularizado cada vez mais no Brasil, no entanto, ainda existe uma crença difundida de que essa tecnologia é restrita a pessoas ricas. Esse mito tem sido amplamente divulgado por alguns segmentos do setor elétrico que acreditam que a GD penaliza as classes mais pobres, devido aos subsídios cruzados.
No entanto, a verdade é que essa crença está sendo gradativamente desconstruída, graças aos dados disponibilizados pela ANEEL e Censo/IBGE. Os dados apontam que, na realidade, a geração distribuída é adotada principalmente pelas classes C, D e E, que representam 96% dos consumidores de energia residencial que adotam a tecnologia. Apenas 4% dos consumidores que adotam a geração distribuída são da classe A e B.
Veja os dados a seguir:
Isso significa que a geração distribuída não é restrita apenas às pessoas ricas, mas sim, é acessível a uma grande parte da população brasileira, independentemente de sua renda. Além disso, a geração distribuída pode ser uma alternativa acessível para pessoas que desejam poupar dinheiro com a conta de energia e ao mesmo tempo contribuir para a geração de energia limpa e renovável.
Em resumo, os dados disponibilizados pelas instituições apontam para uma realidade diferente da que tem sido divulgada sobre a geração distribuída de energia.
É hora de mudarmos a narrativa e compreender que essa tecnologia não é apenas para pessoas ricas, mas sim, é acessível a uma ampla parcela da população brasileira. É importante que o novo governo considere esses dados ao tomar decisões que tenham como objetivo beneficriminalizar a geração distribuída e torná-la ainda mais acessível às classes menos favorecidas.
